Vivemos um momento de profundas transformações sociais, econômicas e tecnológicas. O que antes era considerado uma formação sólida baseada quase exclusivamente na memorização de conteúdos e na repetição de fórmulas, já não atende às demandas de um mundo em constante mudança. Nesse novo cenário, torna-se essencial repensar o papel da educação: ela precisa formar indivíduos que saibam pensar, agir com autonomia, colaborar, adaptar-se e criar soluções frente aos desafios da vida real. É nesse contexto que a aprendizagem ativa ganha força como uma abordagem pedagógica relevante, eficaz e profundamente necessária.
A aprendizagem ativa parte do princípio de que os alunos aprendem melhor quando estão engajados de forma prática no processo, assumindo responsabilidade pelo seu próprio percurso educativo. Diferente do modelo tradicional, em que o estudante é um receptor passivo de informações, a aprendizagem ativa transforma o aluno em protagonista: ele investiga, formula hipóteses, resolve problemas, colabora com seus pares, experimenta e reflete.
Essa abordagem se alinha a diversas teorias educacionais e psicológicas que defendem que o conhecimento é construído por meio da experiência. Jean Piaget, por exemplo, já falava da importância do “fazer” no processo de aprendizagem, e Lev Vygotsky reforçava o valor do aprendizado colaborativo e contextualizado. Atualmente, metodologias como a Aprendizagem Baseada em Projetos (PBL), o Design Thinking Educacional e a Sala de Aula Invertida vêm sendo amplamente utilizadas para estruturar experiências mais ricas, em que o estudante explora ativamente o conteúdo e desenvolve múltiplas competências.
O impacto da aprendizagem ativa vai muito além do desempenho acadêmico. Diversas pesquisas apontam que ela contribui significativamente para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais como empatia, escuta ativa, comunicação, cooperação e autorregulação emocional, hoje reconhecidas como fundamentais para o sucesso pessoal e profissional. Além disso, ao lidar com problemas reais e abertos, os alunos aprendem a tolerar a frustração, a persistir diante dos erros e a lidar com a complexidade competências cada vez mais valorizadas em um mundo que não oferece respostas prontas.
Outro ponto importante é que a aprendizagem ativa permite conectar a escola à vida. Quando os estudantes percebem que aquilo que aprendem tem aplicação direta no seu cotidiano, o aprendizado se torna mais significativo. Essa conexão com a realidade amplia o engajamento e desperta o senso de propósito algo especialmente relevante em contextos de vulnerabilidade, onde a escola muitas vezes é vista como distante da experiência concreta dos alunos.
É nesse espírito que a IAM – Instituição Assistencial Meimei tem estruturado suas práticas educativas. Acreditamos que toda criança e adolescente tem potencial de transformação, e que esse potencial se revela plenamente quando o jovem é colocado no centro do processo de aprendizagem. Por isso, nossas oficinas e atividades são desenhadas para provocar a curiosidade, fomentar o pensamento crítico e promover a colaboração entre os participantes.
Nas oficinas de tecnologia, empreendedorismo, arte, cultura e cidadania, os alunos da IAM não apenas aprendem conteúdos: eles planejam, experimentam, constroem, erram e recomeçam. Ao enfrentar desafios reais como criar um produto, montar uma apresentação, resolver um problema social ou realizar uma intervenção artística – desenvolvem competências que os acompanharão por toda a vida. Tudo isso dentro de uma pedagogia do cuidado, que reconhece e respeita suas histórias, ritmos e potências.
Mais do que preparar para provas, queremos preparar para a vida. A aprendizagem ativa, para nós, é uma ferramenta poderosa de equidade, pertencimento e futuro. É por meio dela que ajudamos a formar jovens mais confiantes, criativos e comprometidos com a transformação do mundo à sua volta.
Acredita nessa transformação com a gente? Apoie a IAM e ajude a construir futuros mais ativos, humanos e cheios de possibilidades.