Em tempos de guerra, como falar com as crianças sobre paz?

Nos últimos meses, o mundo todo tem acompanhado a invasão russa pela Ucrânia, que já tem milhares de vítimas entre civis e militares. Diante de conflitos dessa dimensão, muitos pais e educadores têm a seguinte dúvida: como falar sobre guerra e paz com as crianças? Vamos falar mais sobre isso neste conteúdo da IAM. Guerra e paz: o que responder às crianças? Em tempos de internet, em que as notícias vêm instantaneamente, pode ser difícil filtrar as informações que chegam às crianças. E quando se tratam de assuntos como guerra, que envolvem tantas polaridades e diferentes interesses e motivações, é preciso dosar. Afinal, ao mesmo tempo em que é preciso cuidado ao expor crianças a essa dura realidade, também é impossível aliená-las dos principais acontecimentos do mundo. Infelizmente, ao longo do tempo a humanidade enfrentou muitas guerras, que são parte da nossa história e não podemos apagá-la. Elas existem há muito tempo. Ocorre que a geração atual, até então, sabia das guerras pelas aulas de História ou por pesquisas para trabalhos escolares. Se deparar com isso nos dias de hoje, é para elas uma triste novidade. Dito isso, a curiosidade e o medo das crianças diante de tantas notícias avassaladoras são naturais e esses sentimentos devem ser acolhidos, não minimizados na tentativa de protegê-las,nem muito menos ignorados sob o falso pretexto de que o conflito ocorre “longe de nós”. Mas, então, como abordar esse assunto tão delicado? Assuntos que envolvam violência, dores e mortes são sempre difíceis e uma forma de tocar no assunto quando as perguntas dos pequenos surgirem é, antes de mais nada, dizer que o melhor seria se as guerras nunca precisassem acontecer e que também não existe um vilão e um mocinho, como sugerem os filmes de ação. Ao falar com as crianças pequenas, abordar o assunto sob um viés político e territorial não faz sentido e pode confundi-las ainda mais. Dê mais enfoque ao ouvir as dúvidas e buscar respondê-las sem divisões entre o bem e o mal ao citar nações. O que esses conflitos podem nos ensinar? Que tal olhar para essa conversa como uma oportunidade de ensinar às crianças (e de lembrar a si mesmo) que ações como a violência e o desrespeito ao espaço e aos sentimentos do outro são a pior maneira de tentar resolver um conflito. Porque ao acabar uma guerra ninguém venceu, não existe vitória numa situação em meio a tanto sofrimento em que tantas vidas inocentes foram perdidas e lugares destruídos. É necessário dizer às crianças que um mundo melhor começa dentro de cada um de nós, quando cuidamos de nossos pensamentos, de nossas ações, entendendo que o que fazemos tem impacto na vida de outras pessoas. Na IAM, um dos eixos transversais de nosso trabalho é a Cultura da Paz, que norteia todas as atividades diárias que desenvolvemos junto às crianças e famílias atendidas. Acreditamos que o diálogo, o respeito e a empatia são capazes de fomentar uma sociedade mais pacífica.

Pensando nisso é que o propósito da IAM é a Transformação Social pela Educação. A gente acredita que a educação é o caminho para um futuro melhor e a ferramenta mais poderosa para mudarmos difíceis realidades.

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