Embora tenha sido instituído em novembro de 2007, o Dia Mundial da Justiça Social só passou a ser comemorado 2 anos depois, em 20 de fevereiro de 2009. Essa data foi determinada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o intuito de conscientizar sobre a igualdade entre os povos, do respeito à diversidade, além de desenvolver um diálogo sobre justiça, dignidade e direitos humanos. Todos os anos, a ONU desenvolve uma agenda específica a fim de promover o debate sobre temas atuais e pertinentes socialmente. O tema apresentado é revisado todos os anos, percorrendo inúmeras vertentes que devem ser debatidas todos os dias, com o intuito de incentivar o diálogo e influenciar a criação ou atualização de políticas públicas que promovam melhorias no sistema de desigualdade social.

É importante entender que Justiça Social abrange a criação de políticas que garantem a igualdade entre raça, etnia, gênero, orientação sexual, credo, além de tantas outras diversidades humanas existentes na sociedade, a fim de promover a integração entre os povos, a identidade cultural, assim como a livre circulação de pessoas entre fronteiras com o princípio da dignidade de todos.

Ainda em 2015, a ONU definiu o “Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, no qual se consolida o compromisso entre governos, empresas e toda a sociedade como um guia de ação para todas e todos.

Nos últimos 2 anos, com a pandemia da Covid-19 que só aumentou as dificuldades e necessidades pelo mundo, ficou ainda mais claro que precisamos continuar lutando pela erradicação das desigualdades. Pelo menos 20% da população mundial vive em pobreza moderada ou extrema pobreza.

No Brasil, a violência doméstica cresceu durante o confinamento e cerca de 13 milhões de pessoas estão desempregadas no país. São milhares de pessoas vivendo em situações vulneráveis economicamente, principalmente mulheres negras.

 

Mas o que, de fato, significa Justiça Social?

Quando não existe justiça social em uma sociedade, é preciso criar estratégias para enfrentar essas desigualdades e promovê-las. Sendo assim, justiça social é a busca por igualdade de direitos e oportunidades para todas as pessoas, por isso é preciso passar por ações que tenham a intenção de erradicar as desigualdades de uma sociedade ou país.

John Rawls é professor de filosofia da Universidade de Harvard nos Estados Unidos e autor do livro “Teoria da Justiça, Liberalismo Político e o  Direito dos Povos”, nesse livro ele estabelece 3 pilares para que um princípio de equidade seja alcançado na sociedade, são eles:

  • garantia das liberdades fundamentais para todos;
  • igualdade de oportunidades e;
  • manutenção de desigualdades apenas para os menos favorecidos.

É importante salientar que, quando a gente busca ou promove justiça social num país, isso significa muito mais do que apenas crescimento econômico. Não adianta gerar dinheiro para um país e não olhar para as barreiras de desenvolvimento social que estão relacionadas a idade, sexo, etnia, raça, cultura ou deficiência.

É importante estarmos atento à dor do outro e fazermos a nossa parte na luta contra a desigualdade social. A atuação da IAM tem essa iniciativa como premissa, quer saber mais sobre os nossos projetos e como fazer parte? Acesse aqui o nosso site.